terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Palavras Soltas (4 parte)

Como estávamos felizes naquela noite, e como tudo aconteceu tão rápido....
Em um minuto estávamos bem e no outro...
Ouvia barulho de ambulância chegando, pessoas ao meu redor conversando, parecia aos meus ouvidos sussurros de um pesadelo... Diziam que o carro estava destruído, que a moça estava certamente morta, e que se eu estivesse vivo era um milagre...
Como assim, Barbará morta, eu um milagre?
Isso só pode ser um pesadelo, não com certeza é um pesadelo, logo irei acordar, mas então desmaie.
O que sei, contaram-me depois...
Fiquei um mês em coma induzido e pouco a pouco os médicos foram trazendo-me de volta do lugar que estava agarrado. Quando realmente voltei, todos disseram que era um milagre, mas eu não queria ser o “milagre”, não depois de ter ouvido o que eles me disseram, não depois de saber que a Barbará, oh meu Deus a Barbara, só de saber que não ouvirei aquele riso, o som de sua voz, não andaremos nunca mais de mãos dadas, não envelheceremos juntos.
Milagre! Não quero ser a droga de um maldito milagre.

Tento abraçar meu corpo inteiro, criar uma espécie de casulo, um lugar no qual somente eu possa estar um lugar no qual possa gritar chorar, gritar, chorar...

By. Cristina Rodrigues Carvalho

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Palavras Soltas (3 Parte)

Sabem aquelas pessoas que tem medo de falar o que sentem em um tom a ser “ouvido”, pois quando ouvir a sua própria voz irá transbordar todos aqueles sentimentos que estavam presos na garganta, no coração e os tornará real, palpável, visíveis... E o real, a verdade, lhes dará tanto medo, lhes fragilizam de tal maneira que eles querem voltar a fechar os olhos novamente e fingir que aquela sensação, aqueles sentimentos, nunca existiu, não eram reais, que nunca foram falados em voz alta.
Esse sou eu, faço parte deste grupo de pessoas, mas não preciso falar em voz alta, meus sentimentos, meus pensamentos, aquele dia, eles me perseguem o tempo todo...
Ainda ouço o som da musica que tocava no carro...

By. Cristina Rodrigues Carvalho

Segure-me antes de cair 
Abrace-me antes de pedir
Meus olhos procuram os seus
Estes, fogem dos meus...

Quando tudo começou?!
Como tudo se findou?!
Esse tudo era nosso
Ou somente meu?!

Meu mundo!
Meu sonho!
Minha expectativa!
Minha música!

Outro ângulo, outro olhar!
Nada nosso, tudo meu, eu...
Fácil perceber, quem dessa história 
Sonhou... Planejou...Amou..

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Palavras Soltas (2 Parte)

Como cheguei ate aqui? Como isso aconteceu?
As horas passaram depressa e não reparei o dia virar noite a noite virar dia!
Minha cabeça esta explodindo, tomo uma dose de uísque, fumo um cigarro, olhando a cidade da janela, vendo aquelas pessoas em passos apresados, vivendo suas próprias vidas, tendo seus próprios segredos... Segredos, estes são como uma caixa de pandora, quando abertas, pode assustar, te tiram do seu centro, se é que aquele era o seu centro, você na verdade não sabe mais o que é real, o que é verdade...
Lembrei-me de algo que escrevi no passado:

“Por muitas vezes me perco, dentro de mim 
Sinto necessidade de gritar... 
De fugir, de me perder, 
Para quem sabe assim, 
Me reencontrar...

Será que preciso me perder para me reencontrar?
Ou será que ainda estou aqui, um pouco perdido, alias muito perdido, mas ainda estou aqui!?
Gritar, ah o grito já explodiu na garganta, naquele dia...


Mas o fato é que sinto saudades daquele cara de outrora.

By: Cristina Rodrigues Carvalho

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Palavras soltas (1 Parte)

A tempos estou aqui sentado, ouço o tic-tac do relógio, um bebe chorando; tenho inveja de seu choro, leve, solto, agudo, logo sua mãe o embala em um abraço apertado e sussurra palavras de carinho, o mesmo choro de ate então, se torna em calmaria.
Já meu choro, ah ele esta aqui, preso...
Sinto necessidade de derramar toda esta angustia que sinto dentro do meu peito, mas não teria ninguém para me abalar em abraços apertados ou sussurrar palavras, até o meu coração se acalmar...
Não vou dizer que é o fim, porque ainda tem luz em mim, mas agora, encontro-me em um quarto escuro, no qual propositalmente não lembro onde deixei a chave...

By Cristina Rodrigues Carvalho

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Guardião

Vem cá, chegue mais perto
Abraça-me com a alma
Acalma-me como uma criança
Nesse mundo de assombração.

Vem cá, chegue mais perto
Sussure em meus ouvidos
Coisas que preciso ouvir.
Tudo vai acabar certo, estou aqui!

Sou seu príncipe,
Sou seu guardião,
Sou seu porto seguro
No meio do furacão!


Cristina Rodrigues Carvalho

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Rumo a 2016